Eduardo Barata, presidente da Associação de Produtores de
Teatro do Rio de Janeiro
“Uma revelação: produtores e artistas comem, pagam escolas, planos de saúde, dentista, supermercado, luz, gás, telefone, enfim, vivem e sobrevivem sem desconto algum, como qualquer cidadão que não consegue utilizar de forma adequada os serviços públicos a que tem direito. A Lei Rouanet possibilita levantar um projeto cultural, porém, na maioria dos casos, esta verba não mantém um espetáculo em cartaz. Apenas em torno de 20% dos projetos inscritos na lei de isenção fiscal federal conseguem captar recursos, e a maioria capta somente uma parcela do valor necessário para montagem. Parte da produção teatral é realizada com recursos próprios. Mesmo não captando tudo o que foi autorizado, damos 10% dos ingressos para escolas públicas, ONGs e instituições carentes. Com o dinheiro arrecadado em nossas bilheterias, pagamos salários e cachês dos técnicos, aluguel de teatro, mídia, atores, criadores, enfim, toda cadeia produtiva que envolve o nosso segmento.
O produtor é um cidadão que estuda e envelhece, mas paga as suas contas por inteiro. No entanto, na hora do ‘salário’, recebe com 50% de desconto, pois as leis regionais exigem o desconto, mas não dizem quem é a fonte pagadora da outra metade. O Senado, em caráter terminativo, deve votar hoje o projeto de lei que regulamenta a meia-entrada em todo território nacional a 40% dos ingressos disponíveis. Estará estabelecido um marco regulatório que possibilitará equilíbrio e independência para a economia da cultura. Todas as políticas públicas de meia-entrada ficam subordinadas a esta lei federal que dispõe sobre o assunto.
A partir da sanção da lei, o produtor cultural volta a conseguir fazer uma conta simples de entrada e saída da receita, e, assim, conseguirá diminuir o preço do ingresso. O público terá direito à meia-entrada de verdade, e quem não é estudante, ou idoso, também conseguirá comprar seu ingresso. Hoje, com no mínimo 80% de nossas bilheterias comprometidas com o desconto de 50% (praticamente a totalidade do espaço), como podemos calcular o valor final do ingresso? A meia-entrada, atualmente, é o maior imposto praticado no Brasil para um setor econômico.”
“Uma revelação: produtores e artistas comem, pagam escolas, planos de saúde, dentista, supermercado, luz, gás, telefone, enfim, vivem e sobrevivem sem desconto algum, como qualquer cidadão que não consegue utilizar de forma adequada os serviços públicos a que tem direito. A Lei Rouanet possibilita levantar um projeto cultural, porém, na maioria dos casos, esta verba não mantém um espetáculo em cartaz. Apenas em torno de 20% dos projetos inscritos na lei de isenção fiscal federal conseguem captar recursos, e a maioria capta somente uma parcela do valor necessário para montagem. Parte da produção teatral é realizada com recursos próprios. Mesmo não captando tudo o que foi autorizado, damos 10% dos ingressos para escolas públicas, ONGs e instituições carentes. Com o dinheiro arrecadado em nossas bilheterias, pagamos salários e cachês dos técnicos, aluguel de teatro, mídia, atores, criadores, enfim, toda cadeia produtiva que envolve o nosso segmento.
O produtor é um cidadão que estuda e envelhece, mas paga as suas contas por inteiro. No entanto, na hora do ‘salário’, recebe com 50% de desconto, pois as leis regionais exigem o desconto, mas não dizem quem é a fonte pagadora da outra metade. O Senado, em caráter terminativo, deve votar hoje o projeto de lei que regulamenta a meia-entrada em todo território nacional a 40% dos ingressos disponíveis. Estará estabelecido um marco regulatório que possibilitará equilíbrio e independência para a economia da cultura. Todas as políticas públicas de meia-entrada ficam subordinadas a esta lei federal que dispõe sobre o assunto.
A partir da sanção da lei, o produtor cultural volta a conseguir fazer uma conta simples de entrada e saída da receita, e, assim, conseguirá diminuir o preço do ingresso. O público terá direito à meia-entrada de verdade, e quem não é estudante, ou idoso, também conseguirá comprar seu ingresso. Hoje, com no mínimo 80% de nossas bilheterias comprometidas com o desconto de 50% (praticamente a totalidade do espaço), como podemos calcular o valor final do ingresso? A meia-entrada, atualmente, é o maior imposto praticado no Brasil para um setor econômico.”
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