"INDEPENDÊNCIA OU MORTE"
Com esse grito, o Brasil se liberta do domínio português e conquista a sua autonomia política, sem revolução e sem guerra... Com a ruptura do passado e a introdução de mudanças que se aprofundam com o passar dos tempos, o Brasil de hoje, NÃO é muito diferente daquele que existiu na primeira metade do século XVIII. A nossa brava gente brasileira, continua oprimida... ...Ou ficar a Pátria Livre ou morrer pelo Brasil!! Assim cantam os esperançosos e patriotas nas solenidades frente a Bandeira verde e amarela!!! Mas, cadê a Pátria Livre dos pequeninos deserdados das cidades grandes? Dos mendigos, das prostitutas e das mães solteiras? Cadê o “Grito de Independência” para os pais desempregados? Onde anda a liberdade do povo que tem fome de pão, de justiça e de esperança? Que teve a sua juventude ceifada, seus valores adulterados, sua dignidade de filhas e de filhos de Deus ultrajada, da maneira mais torpe e cruel, obrigados a ver suas famílias perambulando sem teto e comendo lixo num País que é um dos celeiros do mundo, cuja dimensão se perde no horizonte?. Ah, como sonhamos com esta Liberdade!!. Os pobres esperam a fartura, os doentes a saúde, os marginalizados a cidadania, os leigos a igualdade, os poderes o serviço e a dignidade. Celebrar a Independência é ter a coragem de navegar, em água calma ou revolta, com vento a favor ou tempestade, em direção contrária. A Pátria Amada é toda aquela que responde com eficácia à situação de desespero e morte, por que está passando cada homem e cada mulher; cada família e cada comunidade. Quantos brasileiros estão nos túmulos de uma vida sem esperança?! Quantas famílias desempregadas e sem terra para morar e plantar? Quantos estão aprisionados de mãos e pés amarrados nas celas da injustiça social? A liberdade só poderá ser plenamente exercida quando, alimentadas todas as necessidades do nosso povo. Senhores Governantes; liberta definitivamente o negro brasileiro da senzala eterna, para que eles possam caminhar livres, deixando para trás as amarras da opressão, do preconceito, e assim, possa orgulhar-se de ser brasileiro. Liberta o Nordeste brasileiro dessa total dependência e cura as chagas do seu sofrido povo, dando-lhe mais dignidade!... Decerto não é cantando o hino nacional, tampouco hasteando a bandeira que vamos honrar a nossa pátria. A nossa homenagem está no compromisso social e vontade política para diminuir a diferença entre os poucos cada vez mais ricos e a maioria cada vez mais pobre. A desigualdade, a corrupção e a impunidade, precisam ser debeladas para que possamos fazer da nossa Pátria, uma sociedade mais igual. Com a palavra Congresso Nacional !!!
Manoel Rocha Lobo
POR: TENÓRIO PINHEIRO
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