O jornalista
Reinaldo Azevedo publicou hoje em sua colina no site da revista Veja (aqui) uma
nota interessante, de 1999, mostrando que, àquela época, a Justiça de Tocantins
proibira o trabalho de médicos cubanos sem o devido registro no Conselho
Regional de Medicina (CRM) de Tocantins. Para ampliar o debate, veja o que diz
a matéria de 14 anos atrás: Dilma médicos A justiça de Tocantins proibiu o
trabalho de médicos cubanos no Estado. No último dia 12, o juiz federal Marcelo
Albernaz concedeu liminar ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Tocantins
(CRM-TO) proibindo que os profissionais estrangeiros atuassem no Estado. Na
sentença o juiz comparou o trabalho dos cubanos a curandeirismo. O
vice-presidente do Conselho de Medicina, Frederico Melo, justificou a posição
da entidade, alegando que os médicos cubanos não conhecem a realidade sanitária
do Estado, não dominam a língua portuguesa nem provaram que são médicos. A
decisão da justiça atinge 96 profissionais que estão no Brasil – alguns desde
1997 – participando do Programa de Saúde na Família (PSF), projeto dos governos
estadual e federal. Os médicos trabalhavam sem registro no CRM-TO, que
constatou também a existência de uma lista fictícia do corpo clínico de um
Hospital de Araguaína, onde havia médicos cubanos com número de CRM inexistente
no Estado. A Procuradoria do Trabalho do Tocantins, em entrevista ao CRM-TO,
observou que se há médicos com falsificação de CRM atuando em hospitais do
Governo Municipal ou Estadual há crime de falsidade do profissional e do
administrador do hospital e ainda há improbidade administrativa do servidor
público responsável pela manutenção do profissional irregular em atividade.
Irritado, com a decisão da justiça do Tocantins, o presidente de Cuba, Fidel
Castro, determinou que os médicos impedidos de trabalhar retornassem ao País
imediatamente. O retorno deve acontecer nesta sexta-feira (15). Os médicos
trabalhavam em 48 cidades do Estado desde 1997, quando foi firmado um acordo de
cooperação entre os governos de Tocantins e de Cuba. A Secretaria de Saúde do
Estado diz que eles foram contratados para atuar no PSF, pois na época não
havia médicos brasileiros interessados em trabalhar no interior. Uma situação
que, de acordo com a secretaria, persiste. O convênio Brasil-Cuba, que permitiu
a entrada dos médicos cubanos no Tocantins, segundo com a Procuradoria do
Trabalho do Estado, apresenta falhas desde o início. Inclusive uma falha
constitucional que é a falta de autorização pelo Congresso Nacional. As 42
cidades do Estado, onde atuavam os médicos cubanos, começarão a receber novos profissionais
para atuar no PSF. O Estado teria contratado 20 médicos para atuar nos
Hospitais de Referência prejudicados, como informou a Secretaria de Saúde do
Estado.
Nota do
blog: Não sou contra a vinda de médicos de onde quer que seja para trabalhar no
Brasil. O que questiono é : qual o problema de a turma do “Mais Médicos” ter
que revalidar os diplomas como todo médico que já veio ao país para trabalhar
até hoje. Estou de pleno acordo. Mas tratar os nossos irmãos com humilhação não
da. A chegada dos médicos Cubanos tenho quase que certeza que eles vieram para
salvar muitas vidas, já que a saúde publica neste país é uma merda. Por isso
que o índice de mortalidade neste país sempre foi desesperador, uma” Vergonha Nacional”.
Se não existisse essas roubalheiras que coroe no SUS
a classe dos menos favorecidos era outra coisa. Já me disseram que no SUS os médicos retira um verruga
e o laudo sai que eles perderam a mão....!Fiquei chocado, com esta informação.
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