quarta-feira, 28 de agosto de 2013

EM 1999, JUSTIÇA CONSIDEROU ILEGAL TRABALHO DE CUBANOS SEM CRM

          A união traz a força! E salvar vidas é um gesto de muita solidariedade e generosidade



O jornalista Reinaldo Azevedo publicou hoje em sua colina no site da revista Veja (aqui) uma nota interessante, de 1999, mostrando que, àquela época, a Justiça de Tocantins proibira o trabalho de médicos cubanos sem o devido registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) de Tocantins. Para ampliar o debate, veja o que diz a matéria de 14 anos atrás: Dilma médicos A justiça de Tocantins proibiu o trabalho de médicos cubanos no Estado. No último dia 12, o juiz federal Marcelo Albernaz concedeu liminar ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Tocantins (CRM-TO) proibindo que os profissionais estrangeiros atuassem no Estado. Na sentença o juiz comparou o trabalho dos cubanos a curandeirismo. O vice-presidente do Conselho de Medicina, Frederico Melo, justificou a posição da entidade, alegando que os médicos cubanos não conhecem a realidade sanitária do Estado, não dominam a língua portuguesa nem provaram que são médicos. A decisão da justiça atinge 96 profissionais que estão no Brasil – alguns desde 1997 – participando do Programa de Saúde na Família (PSF), projeto dos governos estadual e federal. Os médicos trabalhavam sem registro no CRM-TO, que constatou também a existência de uma lista fictícia do corpo clínico de um Hospital de Araguaína, onde havia médicos cubanos com número de CRM inexistente no Estado. A Procuradoria do Trabalho do Tocantins, em entrevista ao CRM-TO, observou que se há médicos com falsificação de CRM atuando em hospitais do Governo Municipal ou Estadual há crime de falsidade do profissional e do administrador do hospital e ainda há improbidade administrativa do servidor público responsável pela manutenção do profissional irregular em atividade. Irritado, com a decisão da justiça do Tocantins, o presidente de Cuba, Fidel Castro, determinou que os médicos impedidos de trabalhar retornassem ao País imediatamente. O retorno deve acontecer nesta sexta-feira (15). Os médicos trabalhavam em 48 cidades do Estado desde 1997, quando foi firmado um acordo de cooperação entre os governos de Tocantins e de Cuba. A Secretaria de Saúde do Estado diz que eles foram contratados para atuar no PSF, pois na época não havia médicos brasileiros interessados em trabalhar no interior. Uma situação que, de acordo com a secretaria, persiste. O convênio Brasil-Cuba, que permitiu a entrada dos médicos cubanos no Tocantins, segundo com a Procuradoria do Trabalho do Estado, apresenta falhas desde o início. Inclusive uma falha constitucional que é a falta de autorização pelo Congresso Nacional. As 42 cidades do Estado, onde atuavam os médicos cubanos, começarão a receber novos profissionais para atuar no PSF. O Estado teria contratado 20 médicos para atuar nos Hospitais de Referência prejudicados, como informou a Secretaria de Saúde do Estado.
Nota do blog: Não sou contra a vinda de médicos de onde quer que seja para trabalhar no Brasil. O que questiono é : qual o problema de a turma do “Mais Médicos” ter que revalidar os diplomas como todo médico que já veio ao país para trabalhar até hoje. Estou de pleno acordo. Mas tratar os nossos irmãos com humilhação não da. A chegada dos médicos Cubanos tenho quase que certeza que eles vieram para salvar muitas vidas, já que a saúde publica neste país é uma merda. Por isso que o índice de mortalidade neste país sempre foi desesperador, uma” Vergonha Nacional”. Se não existisse essas roubalheiras que coroe  no SUS  a classe dos menos favorecidos era outra coisa. Já  me disseram que no SUS os médicos retira um verruga e o laudo sai que eles perderam a mão....!Fiquei chocado, com esta informação.

 
POR: TENÓRIO PINHEIRO

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário