![]() |
O repórter Andrew Purvis |
Sempre ele. O jornal britânico “The Guardian” que circula em
Londres e é também um dos recordistas mundiais em mídia eletrônica, saiu na
frente e descobriu antes de todos mais um bom segredo da Bahia para encantar o
mundo. A primeira descoberta foi aquela coisa de dizer que o Porto da Barra, em
Salvador, é uma das três praias mais bonitas do planeta. Publicou há cinco anos
e foi o que bastou para o jornal virar sensação na mídia baiana e ser citado
até quando acontecem assaltos no local.
Agora a noticia que aparentemente não está vinculada ao “The
Guardian” é sobre o café orgânico dos cafeicultores Luca Allegro e Nelson
Cordeiro, vendido para o Vaticano. Ou seja, há três anos, 30 sacas de cem por
cento café arábico, tipo Cereja descascado, saem da “Fazenda Aranquan”’ de
Ibicoara, na Chapada Diamantina e vão direto para o Vaticano. Claro que é
servido até na famosa “Sala Clementina”, onde o alto clero católico mundial
celebrou a glória de Jorge Mario Bergoglio como Papa Francisco.
Lucro milionário
Acontece que antes dos cardeais “The Guardian” batizou o
café baiano de novo ouro da Chapada Diamantina. O repórter Andrew Purvis
publicou a reportagem “Wake up and smell the biodynamic coffee”, fazendo uma
brincadeira com o título de musica, para dizer algo como acordar e cheirar o
café biodinâmico. A matéria saiu em 6 de dezembro de 2009 antes, portanto, que
o torrefador inglês Steve Lieghton, dono da “Hasbean Coffee” mandasse amostras
para o Vaticano.
O café baiano chegou ao vaticano em 2010 e não se sabe quem,
talvez o cardeal carmelengo, caiu de amores pelo que provou. Mas a reportagem
de Andrew Purvis não ficou no oba oba de café é isto, café é aquilo. O repórter
fez cálculos sobre preços na origem e preço no mercado londrino e, pasmem,
calculou lucros quase dez mil por cento de uma ponta a outra. O mais
interessante de tudo é que muito aquém do “The Guardian” ou da pensão “Casa de
Santa Marta”, no Vaticano, o café da “Fazenda Aranquan”’ está fumegando que só
vendo, no “Solar Café” do Museu Palacete das Artes, na Graça, em Salvador.
Por Tenório Pinheiro
Por Tenório Pinheiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário